Quem Inventou o Avião?
Música, Bênção ou Maldição?

Muitas vezes o crédito é dado a poucos quando a contribuição foi de muitos.

No capítulo anterior, tiramos uma lição da história de Santos-Dumont e vimos como algo pode ser uma bênção ou uma maldição. Isso acontece com o avião e também com a música.

Mas há outra lição a ser tirada da história da aviação. O fato é que os Estados Unidos não atribuem a Santos-Dumont a invenção do avião, mas sim aos irmãos Wright.

Na verdade, muitos inventores independentes contribuíram, cada um à sua maneira, para que o avião fosse o que é hoje. A questão aqui é: O que deveria ser chamado de o primeiro avião.

Se o primeiro avião foi aquele que conseguiu levantar vôo dependendo de trilhos e de uma catapulta (uma espécie de “estilingue” gigante) para dar o primeiro empurrão, mas com capacidade para fazer manobras, então foi o Flyer dos irmãos Wright, que voou em 17 de dezembro de 1903.

Se o primeiro avião foi aquele que conseguiu levantar vôo com propulsão própria, sem nada empurrando, e transportando uma pessoa, o primeiro teria sido o 14-Bis de Santos-Dumont, que voou em 29 de junho de 1903.

Se o primeiro avião foi aquele que conseguiu voar, simplesmente, ao menos tendo asas e motor, mesmo não tendo como ser controlado, então o crédito pertence a Clément Ader, que voou em 9 de outubro de 1890.

Mas podemos citar também o “avião” de John Stringfellow, que já tinha motor e voou bem antes, em 1848. O problema é que esse avião só conseguia decolar sem o piloto.

Mas houve outros que voaram primeiro, desde Bartolomeu de Gusmão, que voou com um balão de ar quente chamado passarola em 8 de agosto 1709. Depois veio o balão inventado pelos irmãos Mongolfler, que voou em 1783, e o primeiro dirigível, que surgiu em 1852. Há que se mencionar ainda os vôos com planadores, que começaram em 1804 com George Cayley.

Otto Lilienthal é lembrado como uma das pessoas que contribuíram grandemente para o surgimento do avião. Ele morreu devido a um acidente aéreo ocorrido em 9 de outubro 1896 quando um vento lateral repentino atingiu seu planador causando a sua queda de uma altura de 17 metros, causando-lhe a quebra da espinha dorsal. Segundo consta, suas últimas palavras antes de morrer foram: “sacrifícios precisam ser feitos”. Estima-se que somente no ano da sua morte ele tenha feito cerca de 2500 vôos.

O surgimento do avião não foi obra de apenas uma pessoa. Semelhantemente, a música atual também recebeu contribuições boas e ruins de muitas pessoas ao longo dos séculos.

Como Criador do Universo, o crédito pela origem da música pertence a DEUS. A segunda pessoa cujo nome foi registrado como continuador do “projeto original” foi Lúcifer, que até hoje dá “palpites” sobre o assunto, até mesmo na música cristã. Não podemos dizer quem foi que prestou o maior desserviço à igreja introduzindo nela os ritmos e instrumentos sugeridos por Lúcifer; mas, com certeza, ele teve muitos colaboradores.

Hoje em dia a música, que deveria destinar-se à adoração a DEUS, passa pelo crivo do gosto popular; e Ele acaba tendo que Se conformar com o que é aprovado pelas massas. DEUS deixou de ser o alvo, o objetivo do louvor para ser apenas a desculpa, o motivo plausível para a existência desse “louvor” que, em muitos casos, louva mais o cantor, que gosta de ser aplaudido, ou o enganoso coração humano, que aprecia o estímulo de uma música que faça um “meio-de-campo” entre o Céu e o inferno.

Muitas pessoas fizeram com que o avião existisse. Muitas pessoas fizeram com que a música fosse o que é hoje. Mas em termos de música, os principais colaboradores não são os “inventores”, mas os disseminadores. Sem ter quem aceite e quem espalhe, música nenhuma vira sucesso.

Que música você sustenta? Que música você apóia? Que música você aceita? Que diferença você faz no meio de um povo que professa estar aguardando ansiosamente ser totalmente dirigido com poder pelo ESPÍRITO SANTO?

A pena inspirada nos diz o seguinte: “O grande derramamento do Espírito de DEUS, que ilumina toda a Terra com a Sua glória, não virá enquanto não tivermos um povo iluminado, que conheça por experiência própria o que significa ser colaboradores de DEUS”. Conselhos Sobre Mordomia, Pág. 33. Quantas vezes temos orado pela Chuva Serôdia, pregado sobre ela e afirmado que a esperamos? A pergunta agora é: O que temos feito para poder recebê-la? Querer é uma coisa; poder é outra.

O texto acima citado fala explicitamente que a Chuva Serôdia “não virá”, não será derramada enquanto não soubermos “por experiência própria o que significa ser colaboradores de DEUS”. Você é um colaborador de DEUS? Ou você não sabe a resposta?

Embora o problema não seja só a música, é sobre ela que estamos falando aqui. Como são as músicas que eu e você cantamos, escolhemos ou aceitamos na igreja? Elas se parecem com as músicas do mundo? Têm a “ginga” das músicas do mundo? Têm os mesmos instrumentos e o mesmo estilo que usam os cantores populares? Se a resposta é sim, ainda não somos “colaboradores de DEUS” e a Chuva Serôdia ainda não pode ser derramada.

Assim como muitas pessoas colaboraram para a invenção do avião, você e eu somos colaboradores de DEUS ou do diabo, seja ativamente ou passivamente. Não tem jeito. Aqui não existe neutralidade, não existe um lugar “em cima do muro”. O SENHOR JESUS mesmo disse: “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha”. Mateus 12:30. Se não colaboramos com DEUS, colaboramos com o diabo.

Você acredita na Bíblia e no Espírito de Profecia, não é? Eu também acredito. Então é melhor levarmos esse assunto a sério, se queremos, realmente, receber a Chuva Serôdia. Qual a sua decisão? Que postura você vai assumir?